terça-feira, 18 de novembro de 2008

5 fatos que você provavelmente não sabia sobre as drogas

1 - A maconha já foi utilizada para pagar impostos

A maconha já foi um produto dentro da lei no período de 1631 até meados de 1800. Os responsáveis por isso foram os ingleses que utilizaram exclusivamente a cannabis para à produção de cabos e velas para a sua frota. Por isso a cannabis se tornou um produto central para a economia colonial que exigia que os agricultores a cultivassem. Um outro aspecto interessante é o fato de que George Washington e Thomas Jefferson (ex-presidentes americanos) cultivaram a cannabis em suas plantações.

2 - A heroína ja foi comercializada como um remédio contra a tosse

A Bayer empresa Alemã do ramo farmacêutico responsável pela a Aspirina, uma vez comercializou heroína como uma substância não viciadora que poderia substituir a morfina e também um remédio contra a tosse. Isso aconteceu em 1898, uma época em que a tuberculose e a pneumonia foram as principais causas de morte. O mundo precisava desesperadamente de um remédio contra a tosse e a heroína parecia ter todos os requisitos, uma substância ativa contra a tosse e que também funcionava como um sedativo. A droga obteve um grande sucesso mundial quando foi lançada, mas quando surgiram os primeiros relatos de dependentes químicos e dos efeitos negativos contra a saúde a substância deixou de ser comercializada.

3 - O Médico e o Monstro foi escrito durante uma “trip” de seis dias de cocaína

Robert Louis Stevenson, o famoso autor de O Médico e o Monstro, escreveu toda sua obra em seis dias e seis noites. Mesmo a mulher de Stevenson, Fanny, ficou espantada que o marido conseguiu colocar 60.000 palavras no papel, em pouco menos de uma semana. Para se ter uma idéia, Stephen King, um dos mais prolíficos escritores de hoje, escreve apenas cerca de 1000 palavras por dia. Curiosamente, Stephen King admitiu ser viciado em cocaína entre os anos de 1979 a 1987. King descreveu que a cocaína era o seu “botão de ligar” e ainda enalteceu a substância por te-lo salvado do alcoolismo.

4 - O inventor do LSD morreu com 102 anos

Albert Hofmann inventor do LSD - faleceu em 2008 com 102 anos. Ele descobriu o LSD em 16 de abril de 1943, quando ele acidentalmente absorveu um pouco do ácido lisérgico, o LSD-25, através das pontas dos seus dedos. Fascinado pela distorção da percepção que ele vivenciou, Hofman em uma de suas investigações, ingeriu 250 microgramas de LSD e embarcou na primeira viagem de ácido do mundo quando ele voltava de bicicleta para sua casa. Em sua autobiografia, “LSD: My Problem Child”, Hofmann descreve como foi a sua “viagem”: Ele me deu uma alegria interior, uma abertura de espírito, um agradecimento, abrindo os olhos e uma sensibilidade interna para os milagres da criação.

5 - O ecstasy começou como um esquema de pirâmide

Em 1984, um Texano evangelista chamado Michael Clegg acreditava que ele tinha um objetivo superior. Com a noção de que o mundo seria um lugar melhor se todos estivessem sobre a influência do ecstasy, Clegg começou a divulgação em massa da droga com uma tremenda determinação. Clegg formou uma rede de distribuidores que se tornou conhecida como o Grupo Texas. O Grupo Texas foi tão bem sucedido que em um curto espaço de tempo a droga já estava disponível em bares, lojas de conveniência e números 0800. Você poderia comprar a droga com um cartão de crédito. Como é que o Grupo Texas teve esse sucesso? O grupo aplicou um esquema de pirâmide, em que distribuidores autorizados ganhariam uma porcentagem nas vendas de outros distribuidores que fossem recrutados por eles.

Fonte: askmen.com

Maconha x cigarro: quem causa mais males?

Todos sabem que tanto o cigarro quanto a maconha são drogas ingeridas por meio do fumo. O cigarro, que vem da Nicotiana tabacum e contém, dentre outros milhares de compostos, o alcalóide nicotina. Já a maconha vem da Cannabis sativa e também possui, dentre milhares de compostos, o THC.

Todos sabem que o cigarro prejudica a saúde!

Tanto a nicotina quanto o THC são substâncias psicoativas. No entanto, o THC pode ter um efeito alucinógeno e deturpar os sentidos do usuário. Por isso, transformou-se em uma droga ilícita, isto é, proibida de ser consumida e vendida. O cigarro, por sua vez, é uma droga lícita, mas vendida somente para maiores de 18 anos.

Existe uma imensa propaganda sobre aos males do cigarro, especialmente, sobre os efeitos nocivos que ele causa no pulmão e no coração. Mas não há propaganda dizendo que a maconha causa esses problemas.

A maconha faz mais mal para o pulmão que o cigarro.

Entretanto, recentemente pesquisadores da Nova Zelândia verificaram que a maconha é pior que o cigarro também nesse sentido. Eles viram que pessoas que consumiram, em um período de dez anos, um cigarro de maconha tiveram mais câncer do que as que consumiram cigarro comum. Acredita-se que o efeito nocivo de 1 cigarro de maconha seja equivalente a 20 de cigarros de tabaco. ( Dúvido, 20 cigarros equivalem a um charuto! Se for um charutasso de maconha aí tudo bem.. de resto FODA-SE!!! by Tio Free )

Os participantes da pesquisa foram questionados sobre mais de 300 fatores que podem influenciar o surgimento do câncer, dentre eles: consumo de álcool e maconha, rotina de trabalho e histórico familiar.

Ninguém deve fumar cigarro, muito menos maconha! ( Sobra mais preuuu mafu! By Tio Free )

Analisando os dados, os cientistas verificaram que o risco de desenvolver câncer de pulmão aumenta com o tempo de consumo de maconha.
Isso evidencia o que já tinha se descoberto anteriormente: que a fumaça da maconha tem uma mistura de produtos tóxicos similar à do tabaco. Mas agora sabe-se que o nível de substâncias cancerígenas na fumaça da maconha é duas vezes maior que na fumaça de tabaco.

O filtro do cigarro contribui também para minimizar o impacto dessas substâncias. Como a maconha é consumida sem filtro, a quantidade de compostos ingeridos é maior, já que o consumidor inala a fumaça mais profundamente e por mais tempo para sentir os efeitos da droga. Isso aumenta a quantidade de fumaça inalada e eleva em cerca de cinco vezes a concentração dos cancerígenos nos pulmões. Por isso, se quiser ter uma vida saudável, não fume cigarro, muito menos maconha! ( Ouviram jovenzinhos? hUHDASUHDSUA. tnc³³ )

Maconha é uma das substâncias mais seguras, diz especialista

“Uma vez eu disse a um jornal norte-americano que a maconha era uma das substâncias mais seguras que existem. Essa frase gerou o maior barulho e eu perdi minha paz por algum tempo. Mas mantenho a afirmação: a maconha é uma das substâncias mais seguras que existem”. Foi com essa convicção que o neurocientista e farmacologista Daniele Piomelli, considerado um dos maiores especialistas do mundo no assunto, defendeu o uso medicinal da polêmica erva.

Piomelli, da Universidade da Califórnia em Irvine, não é nenhum defensor da legalização da maconha. “Isso é uma decisão que cabe à sociedade tomar. Nós, cientistas, só fornecemos os fatos”, diz ele. Tampouco ignora os malefícios da droga. “Fumar maconha, como fumar qualquer cigarro, aumenta o risco de câncer de pulmão, de câncer de boca, entre vários outros. Isso não faz bem e uma pessoa sensata evitaria”, afirma. “Há outro problema: o vício. Alguém que fuma maconha por um certo tempo e em certas quantidades acaba desenvolvendo uma compulsão pela droga. Acaba tendo aquela vontade avassaladora de fumar de novo”, diz ele.

No entanto, o cientista acredita que a droga tem potencial para tratar pacientes de doenças graves, como câncer e Aids. “Seria imoral, antiético e desumano não fornecer esse alívio para pessoas que estão sofrendo, por motivos que vão além da medicina e que a ciência não fundamenta”, afirma. “Como você vai dizer para alguém com câncer terminal que ele não pode fumar maconha para aliviar sua dor?”

Piomelli espera que as pesquisas científicas na área avancem, sem serem atravancadas por questões políticas e sociais. “Chegou a hora de irmos além da maconha”, diz ele. “Quando tivermos um remédio melhor, eficiente, sem efeitos indesejados, que faça todo o bem que a maconha faz sem trazer todo o mal que ela causa, ninguém vai nem mais lembrar que maconha existe.”

Para conhecer mais sobre os usos terapêuticos da erva e sobre os efeitos da maconha no organismo, leia abaixo a íntegra da entrevista que o cientista deu ao G1.

Para saber o que é mito e o que é verdade sobre a droga, clique aqui.

G1 - O que se sabe sobre os efeitos da maconha no cérebro?

Daniele Piomelli - Nós sabemos, e já sabemos há alguns anos, que existem uma série de compostos no nosso próprio cérebro que agem como uma “maconha natural”. Por isso, são chamados de endocanabinóides, a partir do nome científico da maconha, Cannabis sativa. Normalmente, eles regulam coisas como o sono e a alimentação – e praticamente todos os processos do corpo humano. Quando alguém fuma maconha, esses compostos são “superativados”, passam a funcionar acima do normal, bloqueiam as sensações de dor e dão prazer.

G1 - Existem possíveis usos terapêuticos para a maconha?

Piomelli - Bom, quanto às propriedades medicinais, nós sabemos que a maconha é usada como um poderoso alívio para a dor crônica -- e não há nada muito eficiente contra isso até agora.

Pessoas com esclerose múltipla também têm benefícios ao fumar maconha, diversas pesquisas já mostraram isso. Ela também ajuda no combate a diversos outros problemas, como estresse, pressão alta, ansiedade, insônia, perda de apetite, cólicas menstruais e problemas intestinais.

Agora, a maconha deveria ser usada como remédio? Aí, depende. É preciso fumar maconha para obter seus efeitos e isso faz com que a pessoa consuma uma série de compostos químicos tóxicos e cancerígenos. E isso não faz bem.

Há outro problema: o vício. Há alguns anos, acreditávamos que a maconha não viciava. Hoje, sabemos que não é bem assim. A maconha é capaz, sim, de viciar -- ou seja, alguém que fuma maconha por um certo tempo e em certas quantidades, acaba desenvolvendo uma compulsão pela droga. Acaba tendo aquela vontade avassaladora de fumar de novo. O vício existe. É muito mais fraco do que o gerado pela cocaína e pela heroína, e mais fraco que o gerado pela nicotina. Mas existe.

G1 - Os efeitos negativos da maconha, portanto, não compensariam seus benefícios médicos?

Piomelli - Depende do caso. Se estamos falando de uma pessoa com câncer, por exemplo, ou Aids, ou algum outro problema grave de saúde, na hora de somar os prós e os contras, o alívio da dor que a maconha proporciona, compensa.

Mas se estamos falando de pessoas saudáveis, usando maconha para curar dores de cabeça, é uma irresponsabilidade muito grande. Há métodos mais eficazes, que não trazem os efeitos colaterais indesejados.

G1 - Então, na sua opinião, a maconha deveria, ou poderia, ser prescrita por médicos?

Piomelli - Sim. Eu acredito, e essa é minha opinião pessoal, que no caso de pacientes com câncer, por exemplo, seria imoral, antiético e desumano não fornecer esse alívio para pessoas que estão sofrendo, por motivos que vão além da medicina e que a ciência não fundamenta. Como você vai dizer para alguém com câncer terminal que ele não pode fumar maconha para aliviar sua dor?

Agora, se um paciente entrar no meu consultório pedindo para eu prescrever maconha para curar sua dor de cabeça, eu vou perguntar se ele está maluco e mandar ele tomar uma aspirina.

G1 - O senhor disse que é preciso fumar a maconha para obter seus efeitos. Não existe nenhuma forma além do fumo?

Piomelli - Na verdade, existe, mas não é tão eficiente quanto. Existe uma droga, feita a partir do princípio ativo da maconha, o THC, que tem sido usada para fins terapêuticos em diversos países. Existe a possibilidade de se consumir o THC oralmente, mas os resultados demoram mais para aparecer. E quando você está com dor, quer alívio o mais rápido possível.

O consumo oral do THC passa pelo estômago. Mas quando você fuma a maconha, o THC vai direto do pulmão para a corrente sanguínea, e daí para o cérebro. O efeito é muito mais rápido.

Alguns pacientes também declaram que preferem fumar, porque eles podem controlar exatamente o quanto vão consumir. Eles podem dar duas ou três tragadas, por exemplo, e parar quando se sentem melhor. Quando você toma um comprimido, ele vai ter lá seus 10g ou 20g e você não tem escolha. Se não for o suficiente, vai ter que agüentar. Se for demais, não tem como não absorver.

Ultimamente, tem sido testada uma nova forma de se consumir o THC que tem a velocidade do cigarro, mas não faz mal à saúde: o aerosol. Os médicos pegam o composto e o transformam para que ele possa ser aspirado. Dessa maneira, se tem os mesmos benefícios, mas sem os riscos.

G1 - Como o THC funciona?

Piomelli - O THC não é exatamente o melhor remédio do mundo. Ele atua naqueles componentes do cérebro que falamos antes, os endocanabinóides. Os endocanabinóides regulam praticamente todas as funções do corpo humano, do sono à fome. Por isso, eles são encontrados em locais muito diferentes do cérebro.

O que o THC faz? Ele fortalece todos os endocanabinóides. Todos, ao mesmo tempo. O que acontece? A dor passa, todos os efeitos benéficos aparecem, mas a pessoa fica “doidona”. Quando alguém fuma maconha para fins recreativos a intenção é, exatamente, essa: ficar “doidão”. É esse o objetivo. Que não é o objetivo de quem está com dor e toma THC. Essa pessoa não quer ficar alterada, ela só quer que a dor passe.

O que precisamos é de um remédio eficaz e seguro, que tire a dor, que melhore a náusea, que tenha todos os efeitos benéficos da maconha, e que não tenha os seus efeitos colaterais. Que não deixe ninguém drogado.

G1 - Estamos muito longe de um remédio como esse?

Piomelli - Essa é a grande meta de todas as pesquisas científicas que usam a maconha. No momento, o foco está, principalmente, em se encontrar um meio de aumentar o efeito dos endocanabinóides do cérebro naturalmente. Encontrar algo que faça o próprio corpo liberar os efeitos positivos desses compostos, sem que seja necessário fumar nada. É nisso que maioria das pesquisas está trabalhando no momento.

G1 - Voltando um pouco aos efeitos negativos da maconha. Há pesquisas que dizem que maconha mata neurônios. Outras dizem que não. Afinal de contas, mata ou não mata?

Piomelli - Esse é o grande problema, não é? Temos pesquisas de um lado falando uma coisa e daí vêm pesquisas do outro falando exatamente o oposto.

O que eu posso dizer é que conforme as pesquisas avançam está ficando cada vez mais claro para os cientistas que a maconha não tem nenhum efeito tóxico no cérebro, na quantidade em que é normalmente consumida.

Existem pesquisas que mostram que grandes quantidades de maconha em um curto período de tempo vão gerar uma série de estragos. E elas estão certas. Mas isso também é certo para qualquer coisa. Se você tomar uma grande quantidade de aspirina em um intervalo pequeno, também terá muitos problemas.

Uma vez eu disse a um jornal norte-americano que a maconha era uma das substâncias mais seguras que existem. Essa frase gerou o maior barulho e eu perdi minha paz por algum tempo. Mas, mantenho a afirmação: a maconha é uma das substâncias mais seguras que existem.

É impossível você matar alguém com maconha. O máximo que você vai fazer é botar a pessoa para dormir. Nós temos uma gigantesca lista de remédios usados normalmente muito mais perigosos que isso. A maioria desses analgésicos que são prescritos como água por aí são capazes de matar alguém -- em doses não muito maiores do que as consumidas normalmente. E você não mata ninguém com maconha.

G1 - Maconha, então, não faz mal?

Piomelli - Para o cérebro? Não. Para o cérebro de um adulto. Vamos sair por aí permitindo que nossas crianças e adolescentes fumem? Não. O cérebro de um adolescente ainda está em formação. Você diz isso para eles e eles não entendem, mas o fato é que no cérebro de alguém nessa idade ainda falta um monte de coisas. O sistema que é acionado em comportamentos de vício, por exemplo, não está pronto antes da idade adulta. Fumar maconha nessa idade pode fazer um dano enorme. Qual a extensão desse dano? Não sei. As pesquisas ainda não conseguiram definir. Mas, pelo princípio da precaução, adolescentes deveriam passar bem longe disso.

Agora, para um adulto, é outra questão. Por enquanto, não temos evidência de nenhum estrago que seja feito pela maconha no cérebro. Mas fumar maconha, como fumar qualquer cigarro, aumenta o risco de câncer de pulmão, de câncer de boca, entre vários outros. Isso não faz bem e uma pessoa sensata evitaria.

A maconha deveria ser liberada? Isso é uma decisão que cabe à sociedade tomar. Nós, cientistas, só fornecemos os fatos.

G1- Na sua opinião, o que podemos esperar do futuro das pesquisas com maconha?

Piomelli - Eu acho, e defendo isso exaustivamente, que chegou a hora de irmos além da maconha. Se temos o composto e temos como ele age no cérebro, já está na hora de podermos dispensar a maconha. Quando isso acontecer, tudo ficará mais fácil. Quando tivermos um remédio melhor, eficiente, sem efeitos indesejados, que faça todo o bem que a maconha faz sem trazer todo o mal que ela causa, ninguém vai nem mais lembrar que maconha existe.

No passado, o ópio era consumido para curar e aliviar de tudo. Tínhamos milhares de pessoas por aí usando. Hoje, o consumo do ópio caiu bruscamente. Ninguém mais usa. Por quê? Porque avançamos. Porque fomos além do ópio. Desenvolvemos uma série de medicamentos muito melhores, e daí ninguém mais precisava disso. É o que precisa acontecer com a maconha.


Fonte: G1

Verdades e mitos sobre a maconha

Poucos assuntos criam mais controvérsia e geram mais curiosidade do que a maconha, talvez porque se trate da droga ilícita que as pessoas comuns têm mais chance de conhecer ao longo da vida – estima-se que até 4% da população mundial já a tenha consumido.

Mesmo assim, uma cortina de fumaça de desinformação ainda cerca a planta e seu uso. O G1 responde abaixo às dúvidas mais comuns sobre a maconha, utilizando as últimas descobertas de médicos e cientistas para esclarecer quais são os perigos e o potencial da droga.

De cara, é bom avisar: maconha faz mal. Embora não seja muito diferente de fumar um cigarro comum, com os mesmos riscos de câncer e outras doenças relacionadas ao trato respiratório, ainda assim é o tipo de perigo que até mesmo os mais entusiastas do uso médico da planta recomendam evitar.

Também vale lembrar que, como em qualquer área da ciência, esses dados estão sujeitos a revisão constante: o que hoje parece uma certeza pode se revelar um equívoco com estudos mais cuidadosos. Além disso, muitas características da droga e de sua ação sobre o organismo ainda são pouco conhecidas.

Qual a origem da planta?
Conhecida pelos cientistas como Cannabis sativa, a erva parece ser originária das vizinhanças da cordilheira do Himalaia, na Ásia, e é consumida desde tempos pré-históricos. Foi consumida na Índia e na Pérsia antigas e passou a ser usada como narcótico no Ocidente a partir da época das grandes navegações, no século XVI.

Onde se pode consumi-la legalmente?
A legislação mundial ainda é rigorosa em relação à venda em larga escala da planta. Mesmo no país mais liberal do mundo em relação ao tema, a Holanda, só é possível comprar pequenas quantidades (alguns gramas, ou plantas em vasos) para consumo pessoal em lojas especializadas, e ninguém está autorizado a produzir ou vender a droga em larga escala. Legislações parecidas quanto à posse e consumo particulares (mas não quanto à venda pública) estão em vigor na cidade de Denver (Colorado, EUA), no estado americano do Alasca e em dois estados da Austrália.

Por que fumar maconha “dá barato”?
Porque o princípio ativo da droga é, por um acaso incrível, muito parecido com um importante mensageiro químico do cérebro. O princípio ativo, batizado com o indigesto nome de delta-9-tetraidrocanabinol (ou THC, para encurtar), tem estrutura química semelhante à de substâncias que controlam a passagem de sinais entre as células nervosas, os neurônios.

Esse sistema de mensagens do cérebro foi descoberto graças às pesquisas sobre maconha e, em homenagem à droga, foi batizado de sistema endocanabinóide (ou seja, a da “Cannabis produzida dentro” do corpo). O sistema endocanabinóide atua em quase todas as regiões do cérebro, mas o prazer gerado pela droga advém do fato de que ele atua sobre o córtex (a sede da consciência e da razão), a amígdala (ligada às emoções) e o tronco cerebral (responsável pela sensação de dor). É por isso que os usuários relatam experimentar tranqüilidade e bem-estar durante o consumo – as mensagens químicas ligadas à ansiedade ou a dor são barradas pela ação da droga sobre o sistema endocanabinóide.

Maconha pode ser consumida por jovens?
Não. Segundo um dos maiores especialistas no assunto, o neurocientista e farmacologista Daniele Piomelli, da Universidade da Califórnia em Irvine, o cérebro de adolescentes ainda está em formação e o consumo da droga pode ter sérias conseqüências. Entre as diversas estruturas que ainda não estão formadas no cérebro de um jovem está o sistema dopaminérgico, que processa informações de recompensa e está ligado a comportamentos de vício.

O uso causa dependência?
“Existe essa possibilidade”, diz Dartiu Xavier da Silveira, médico e pesquisador da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e um dos principais especialistas brasileiros em dependência de drogas. “No entanto, aparentemente a proporção dos usuários que se tornam dependentes é semelhante à que se vê entre usuários de álcool, ou seja, cerca de 10%”, afirma ele.

Ela abre o apetite?
Sim. A chamada “larica” (fome acentuada) associada ao uso da planta não é mera lenda urbana. Mais uma vez, a culpa é da ação sobre o sistema endocanabinóide: o THC também mexe com esse sistema no hipotálamo, área do cérebro que regula o apetite. Segundo Roger Nicoll, pesquisador da Universidade da Califórnia em San Francisco (EUA), a comida passa a parecer mais desejável para alguém com “larica”.

A maconha serve de “escada” para drogas mais pesadas?
“Não existe nenhuma evidência sólida disso”, afirma Dartiu Xavier da Silveira. Usuários de cocaína e heroína muitas vezes também usam maconha, mas não há sinais de que a erva abra o apetite do usuário para outras drogas.

Quais são seus efeitos sobre a memória e o aprendizado?
A memória de curto prazo (aquela que nos permite absorver uma informação nova no momento presente) e a atenção ficam realmente prejudicados, mas só há sinais de um dano permanente com o uso contínuo e em grandes doses. Do contrário, deixar de fumar é suficiente para que essas funções do cérebro se refaçam.

Existe uma dose segura para consumo?
“Os estudos ainda estão muito no começo para afirmar qualquer coisa a esse respeito”, diz o médico da Unifesp.

É uma droga que mata neurônios?
Outro mito: a maconha não só não parece danificar diretamente os neurônios como há indícios de que possa impedir a morte dessas células quando elas são danificadas.

É mais ou menos nociva que o cigarro para os pulmões?
“Os efeitos nos pulmões são bastante parecidos com os de um cigarro normal”, conta Dartiu Xavier da Silveira. A diferença, explica o médico, é que raramente um fumante de maconha conseguirá consumir a droga em quantidades semelhantes aos maços diários de um fumante “normal”. Por isso, os danos tendem a ser menores.

Qual é o seu potencial terapêutico?
Similares químicos do THC, entre os quais os conhecidos como dronabinal e nabilona, já estão no mercado e são usados para combater as náuseas associadas à quimioterapia de pacientes com câncer. Testes conduzidos com pacientes de Aids com o mesmo problema também têm mostrado bons resultados.

Outras aplicações possíveis envolvem medicamentos contra ansiedade, analgésicos e até moderadores de apetite. Nesse último caso, a idéia é se inspirar no THC e no sistema endocanabinóide para criar um “antagonista” – uma substância que bloqueie as fechaduras químicas onde essas moléculas se encaixam e, assim, diminua a vontade de comer do paciente.

No futuro, qual é a chance de que fumar maconha seja permitido por razões médicas?
“Há quem defenda simplesmente fumar a maconha com objetivo terapêutico, mas a preferência tem sido pelo uso de comprimidos de THC, que evitam os problemas causados pela inalação da fumaça”, afirma o pesquisador da Unifesp. Mesmo o THC, por si só, não é perfeito: ele tende a ir parar em regiões indesejadas do cérebro, agindo de forma pouca específica e causando efeitos colaterais. Por isso, há também a intenção de criar versões modificadas da molécula para implementar o uso clínico.

Professor ganha bolo de maconha

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Dois assistentes do colégio Wortley High School, em Leeds (Inglaterra), disseram ter enfrentado tontura e dores de cabeça após comerem um bolo oferecido por uma aluna. Eles foram levados para o hospital e informados de que os sintomas estavam associados ao consumo de maconha, o que levou à suspensão da jovem de 15 anos.

Segundo a versão on-line do jornal “Telegraph”, a aluna foi obrigada a mudar de escola depois do incidente, registrado no mês passado. Os assistentes foram dispensados do trabalho por um dia e alertados a não aceitarem comida oferecida por alunos.

“Depois de uma investigação, a garota foi transferida. Trabalhamos muito duro para educar os alunos sobre os perigos e implicações do consumo de drogas. Não vamos tolerar um comportamento desse tipo”, disse um porta-voz da instituição de ensino, segundo a publicação. Os assistentes não deram queixa na polícia.

Fonte: G1

O princípio

Em 1735, o botânico Carl Lineu nomeou a Maconha como Cannabis sativa. A mesma foi chamada de Cannabis indica, pelo biólogo francês, Jean Baptiste Lamarck.
Assim como outras plantas, a maconha possui dois gêneros: macho e fêmea. Em um mesmo pé pode ter ambas as estruturas sexuais. É a flor do macho que produz o pólen que fecunda a fêmea, quando a flor da fêmea é fecundada ela se enche de sementes e depois morre.

Quando não ocorre fecundação da fêmea, essa excreta uma grande quantidade de resina pegajosa composta por dezenas de substâncias diferentes. Dentre as várias substâncias, existe a THC (delta-9-tetrahidrocanabinol) que serve de filtro solar para a planta, pois essa é de clima desértico. Apesar do THC estar presente em toda a planta é na flor da fêmea que se encontra a maior concentração da substância. A real droga da maconha é essa flor.

O THC tem uma propriedade bem curiosa, gruda em algumas moléculas das paredes dos neurônios de animais, até mesmo do homem, tais moléculas são conhecidas como receptores de canabinóides, quando ocorre a ligação o receptor opera sutis mudanças químicas dentro da célula, mas não se sabe dizer ao certo quais são elas. Em 1992, o pesquisador israelense Ralph Mechoulam descobriu o motivo pelo qual temos tal receptor. O receptor serve para ligar-se à outra molécula, a mesma fabricada pelo próprio cérebro, muito semelhante ao THC. A molécula foi batizada por Rauph de anandamida (ananda, em sânscrito, significa “felicidade”). Enfim, o cérebro produz uma substância com efeitos parecidos com os do THC, em doses bem menores.
Não se sabe qual a finalidade da anandamida no cérebro, mas está relacionada ao controle da dor. Pelo fato de haver receptores de canabinóides em células fora do cérebro, leva a pensar que a anandamida desempenha um papel mais abrangente do que parece.

Além das formas de uso mais conhecidas há uma especial, a do cânhamo, que é utilizado na produção de tecidos. Supostamente foi pelo fato de Cristóvão Colombo usar tecidos derivantes do cânhamo em suas velas e cordas, assim, juntamente com as embarcações as sementes da maconha também vieram. A idéia era de plantar as sementes, pois se tivesse que ser feita alguma reparação nas velas e cordas, eles teriam o material. Enquanto a maconha era utilizada por pessoas mais pobres, ela não causava tanto medo, repúdio e preconceito. Porém, quando as pessoas de classe média começaram a fazer o uso da droga, surgiu um motivo de preocupação.

Há indícios de que há muitos anos a maconha se faz presente em quase todo o mundo, sua disseminação se deu através de viajantes, esses levavam sementes da maconha, desse modo essa se fazia presente em quase todos os continentes. Por muitos anos a maconha foi considerada legal, sua ilegalidade em vários países, incluindo o Brasil, se deu por volta do século XX. Mas ainda existem países onde a maconha é legal, em outros ela é comercializada unicamente como remédio (auxiliando pacientes no tratamento de doenças, controlando a dor).

No Brasil, a maconha se faz tão presente por existir muitas áreas sem qualquer tipo de vigilância. Com isso fica mais fácil o escoamento da droga. Durante um bom tempo a maconha era comercializada com um preço insignificante. Vários países tentaram mais nenhum conseguiu erradicar a maconha de seu território. A maconha é conhecida em muitos países como “marijuana”. Há boatos de que as tropas revolucionárias de Pancho Villa que chacoalharam as estruturas do poder em 1910, eram adeptos de um baseado no intervalo das batalhas; assim surgiram os conhecidos versos: La cucaracha/ la cucaracha/ ya no puede caminar/ Porque no tiene/ Porque le falta/ marijuana que fumar, atribuídos à Villa.

O efeito causado pela maconha em pessoas que a fuma é variado. Para evitar problemas relacionados à saúde física e mental, é recomendável que a pessoa não faça o uso de drogas (no caso em questão a cannabis), pois pode agravar os problemas relacionados à saúde.

Principais efeitos

Os efeitos causados pelo consumo da maconha, bem como a sua intensidade, são os mais variáveis e estão intimamente ligados à dose utilizada, concentração de THC na erva consumida e reação do organismo do consumidor com a presença da droga.

Os efeitos físicos mais freqüentes são avermelhamento dos olhos, ressecamento da boca e taquicardia (elevação dos batimentos cardíacos, que sobem de 60 - 80 para 120 - 140 batidas por minuto).

Com o uso contínuo, alguns órgãos, como o pulmão, passam a ser afetados. Devido à contínua exposição com a fumaça tóxica da droga, o sistema respiratório do usuário começa a apresentar problemas como bronquite e perda da capacidade respiratória. Além disso, por absorver uma quantidade considerável de alcatrão presente na fumaça de maconha, os usuários da droga estão mais sujeitos a desenvolver o câncer de pulmão.

O consumo da maconha também diminui a produção de testosterona. A testosterona é um hormônio masculino responsável, entre outras coisas, pela produção de espermatozóides. Portanto, com a diminuição da quantidade de testosterona, o homem que consome continuamente maconha apresenta uma capacidade reprodutiva menor.

Os efeitos psíquicos são os mais variados, a sua manifestação depende do organismo e das características da erva consumida. As sensações mais comuns são bem-estar inicial, relaxamento, calma e vontade de rir. Pode-se sentir angústia, desespero, pânico e letargia. Ocorre ainda uma perda da noção do tempo e espaço além de um prejuízo na memória e latente falta de atenção.

Em longo prazo o consumo de maconha pode reduzir a capacidade de aprendizado e memorização, além de passar a apresentar uma falta de motivação para desempenhar as tarefas mais simples do cotidiano.

Por Eliene Percília
Equipe Brasil Escola

Maconha pode frear cancêr de mama!

Canabidiol já se mostrou eficaz contra câncer no cérebro.

Uma pesquisa realizada por cientistas americanos sugere que o canabidiol, uma substância encontrada na maconha, pode impedir que o câncer de mama se espalhe.

Durante testes de laboratório, os cientistas do Instituto do Centro de Pesquisa Médica do Pacífico da Califórnia observaram que o canabidiol, ou CBD, atua bloqueando a atividade do gene Id-1, que seria responsável por disseminar as células cancerígenas de um tumor para outras partes do corpo, processo conhecido como metástase.

Exames anteriores realizados com o canabidiol já haviam mostrado que a substância pode bloquear as formas agressivas de câncer no cérebro e, de acordo com a nova pesquisa, o CBD também poderia atuar da mesma forma diante de células cancerígenas da mama.

O estudo, publicado na revista científica Molecular Cancer Therapeutics, afirma que, como o canabidiol não tem propriedades psicoativas, o uso da substância em futuros tratamentos não infringiria as leis que proíbem o consumo da maconha.

Alternativa

Os cientistas ressaltaram que as descobertas não têm como objetivo estimular as pessoas a fumarem maconha e que é muito improvável que a concentração de CBD necessária para o tratamento do câncer seja obtida através do consumo da droga.

De acordo com o líder da pesquisa, Sean McAllister, o CBD pode, no futuro, ser a base para um tratamento não-tóxico alternativo à quimioterapia.

“As opções atuais para o tratamento das formas agressivas de câncer são limitadas”, disse ele.

“Tais tratamentos, como a quimioterapia, podem ser eficazes, mas também são extremamente tóxicos e difíceis para os pacientes.”

“Este composto encontrado na maconha nos dá a esperança de que haja um tratamento que possa alcançar os mesmos resultados sem nenhum dos efeitos colaterais dolorosos”, disse McAllister.

Joanna Owens, do Centro de Pesquisa do Câncer, da Grã-Bretanha, pondera, no entanto, que a pesquisa com o canabidiol ainda está no estágio inicial.

“Essas descobertas agora devem ser seguidas de testes clínicos em humanos para saber se o CBD é seguro e se os benefícios clínicos podem ser aplicados”, disse Owens.

Fonte: [ BBC Brasil ]

Marijuana Museum - O Museu da Maconha de Amsterdã

A Holanda é um dos poucos países onde usar drogas não é crime, na capital Amsterdã existem bares onde a clientela é formada exclusivamente por consumidores de maconha. Algumas pessoas podem considerar que isso é um absurdo, mas a cultura e as leis da Holanda são bem diferentes da nossa.

Num tour pela Europa, conhecer Amsterdã é obrigatório. E uma das atrações da cidade é o Marijuana Museum, que conta a história e mostra curiosidades sobre a maconha.

A recepcionista meio sonolenta, não se sabe o motivo…


Fonte: Bobagento

'Maconha produzida pelo corpo' faz bem à pele, diz estudo

Cientistas dizem que composto semelhante ao THC mantém pele saudável.
Um grupo de cientistas da Hungria, da Alemanha e da Grã-Bretanha afirma ter descoberto que os endocanabinóides - compostos químicos semelhantes aos tetraidrocanabinóis (THC), ingrediente ativo da maconha- produzidos pelo corpo fazem bem para a pele.

A equipe tratou várias células retiradas das glândulas sebáceas do corpo, responsáveis pela produção de óleo na pele, com concentrações diferentes de endocanabinóides.

Os pesquisadores mediram então a produção de lipídios - células gordurosas- além de analisar a sobrevivência e morte da célula e as mudanças nas expressões genéticas sofridas nas diferentes células.

Depois das análises, os cientistas compararam as células tratadas com outras que não receberam os endocanabinóides.

'Em comum com a maconha'

Segundo os resultados preliminares, publicados na edição online da revista científica da Faseb - Federação das Sociedades Americanas para Biologia Experimental, os endocanabinóides ajudam a regular tanto a produção de lipídios quanto a morte das células.

"Essa pesquisa demonstra que podemos ter algo em comum com a planta da maconha", disse Gerald Weissmann, que participou do estudo.

"Assim como consideram que o THC protege a planta da maconha contra os elementos causadores de doenças, nossos endocanabinóides podem ser necessários para a manutenção de uma pele saudável e para nos proteger de doenças", afirmou.

Tratamento

Os cientistas esperam que o estudo possa ajudar no desenvolvimento de novos medicamentos para tratar problemas de pele como acne ou ressecamento e até tumores.

"Nossas informações pré-clínicas incentivam a pesquisa sobre os agentes endocanabinóides e sua possível ação no controle de problemas de pele comuns", afirma Tomás Biró, que liderou o estudo.

"Os dados sugerem ainda que esses agentes podem ser aplicados diretamente na pele em forma de creme", afirmou.

Substância presente na maconha pode virar anti-inflamatório

Testes com camundongos mostraram efeitos positivos de componente de óleos essenciais.

A molécula não tem absolutamente nada a ver com os efeitos psicoativos da maconha, mas também pode ser derivada da Cannabis sativa e, se tudo der certo, deve virar uma nova e potente opção para tratar problemas inflamatórios. É o que relata um grupo de pesquisadores europeus e americanos na edição desta semana da revista científica "PNAS".

A substância em questão é o beta-cariofileno (BCP, para encurtar), um componente muito comum dos óleos essenciais das plantas. A molécula aparece em condimentos comuns, como o orégano, a pimenta-do-reino e a canela, além de responder por 35% dos óleos essenciais da maconha, é claro. Daí o interesse dos pesquisadores, liderados por Jürg Gertsch, do Instituto Federal Suíço de Tecnologia, em estudar o beta-cariofileno.

Não se trata de algum interesse oculto para legalizar a droga. O que acontece é que a maconha interage de forma específica com uma série de receptores, ou "fechaduras químicas", do organismo humano, conhecidos pelas siglas CB1 e CB2 e pelo nome coletivo de "sistema endocanabinóide". É como se o corpo produzisse sua própria "maconha interna", que serve a uma série de funções importantes no sistema nervoso e em outras partes do organismo. O uso da maconha apenas ativa essas mesmas fechaduras químicas -- com uma série de efeitos indesejáveis, é verdade.

Os mecanismos psicoativos da maconha, bem como os ligados à regulação do apetite, ativam os receptores CB1. Já o beta-cariofileno tem efeitos -- um bocado positivos -- sobre os receptores CB2, cujo funcionamento em geral não tem relação com o sistema nervoso. Em experimentos com camundongos, os pesquisadores comprovaram que a molécula tem potente efeito antiinflamatório, e que esse efeito está diretamente relacionado aos receptores CB2. Camundongos geneticamente modificados não são afetados pela substância.

A equipe diz que é preciso caracterizar melhor a atuação do beta-cariofileno sobre o organismo, mas que ele deve se tornar uma opção promissora para tratar problemas inflamatórios no futuro.

Fonte: G1

10 coisas que tú precisa saber sobre a erva e o que o Tio Free acha sobre cada uma destas 10 coisas

1- A maconha, que tem o nome científico de Cannabis sativa, é uma planta originária do norte do Afeganistão. Também conhecida como "cânhamo", é típica de regiões desérticas, mas também consegue se adaptar a outras condições climáticas.
Essa planta tão polêmica tem gêneros macho e fêmea. A flor do macho produz o pólen que fecunda a fêmea. Mas nem sempre isso acontece. Quando não é fecundada, a flor da planta fêmea solta uma resina pegajosa com vários compostos, entre eles o delta-9-tetrahidrocanabinol, ou THC. Essa substância, que atua como um filtro solar para a cannabis, é a responsável pelas alterações químicas dentro das células humanas que provocam o famoso "barato" da droga.

2- Se hoje a maconha é famosa por seu efeito psicoativo, que provoca alterações na percepção do cérebro, na Antiguidade ela tinha uma função bem mais careta. Marcas de uma corda feita de cânhamo, impressas em cacos de barro, foram encontradas na China e datadas de cerca de 12 mil anos atrás. Elas são o registro histórico mais antigo do uso da cannabis pelo homem. Por volta do início da Era Cristã surgiram os primeiros sinais de sua aplicação medicinal na China e na Índia.

3- Devido à sua versatilidade, a planta que podia ser usada tanto para tratar doenças quanto para fazer cordas e tecidos se espalhou pelo planeta. Da Índia, a maconha migrou para o Oriente Médio e de lá para a África. Na Europa, os antigos gregos, e depois os romanos, aprenderam a fabricar as velas e cordas de seus navios com o cânhamo. Mais tarde, por volta do século 15, a planta também serviu como matéria-prima para fazer o papel dos primeiros livros europeus e as telas de pintura dos gênios da Renascença.

4- No Brasil, a cannabis desembarcou trazida por escravos angolenses, no século 16.
O nome "maconha" veio de um idioma falado em Angola, o quimbundo, e significa algo como "erva santa". Por quase três séculos, a droga foi tolerada por aqui e fumada principalmente em rituais religiosos. A proibição teve início em 1830, quando a Câmara Municipal do Rio de Janeiro tornou ilegal a venda e o uso da droga na cidade.

5- No início do século 20, a marginalização da erva se espalhou pelo mundo antes mesmo que qualquer pesquisa científica comprovasse seus malefícios. A causa principal da proibição foi econômica.
Impedir o uso da maconha fez com que a indústria das fibras do cânhamo fosse destruída, o que impulsionou a indústria de produtos sintéticos derivados de petróleo, principalmente nos Estados Unidos, país que liderou as campanhas de marginalização da droga.

6- Hoje a cannabis é proibida em grande parte do mundo, mas, desde que a Holanda começou a tolerá-la, na década de 1970, outros países seguiram os passos da descriminação. Na Holanda é possível comprar até 5 gramas da erva nos cafés especializados. No Reino Unido, o portador de maconha que é parado pela polícia recebe só uma advertência verbal. Recentemente, Portugal endureceu as penas para o tráfico, mas descriminou o usuário de qualquer droga, desde que ele seja encontrado com quantidades pequenas.

7- Segundo dados da Organização das Nações Unidas, 147 milhões de pessoas fumam maconha no mundo, o que faz dela a terceira droga psicoativa mais consumida do planeta, depois do tabaco e do álcool.
No Brasil, são cerca de 5 milhões de usuários. Aproximadamente metade das apreensões da erva na América do Sul é feita aqui, o que confirma que o país é um exportador da droga. Não há dados confiáveis sobre o assunto, mas as estimativas apontam que o tráfico de maconha movimenta pelo menos 20 milhões de dólares por ano no Brasil.

8- O cigarro de maconha tem praticamente a mesma composição de um cigarro comum — a única diferença significativa é o princípio ativo. No cigarro é a nicotina; na maconha, o THC. Algo entre 6% e 12% dos usuários desenvolvem um uso compulsivo da cannabis, menos que a metade das taxas para nicotina e álcool. Cerca de 16% desses usuários crônicos têm crises de abstinência, que incluem ansiedade, insônia e crises nervosas. A maioria dos consumidores compulsivos desenvolve uma dependência menos pesada, mas ainda assim perigosa: a necessidade de usar a droga diariamente e a incapacidade de parar mesmo que a pessoa queira.

9- O principal argumento a favor da cannabis é seu milenar uso medicinal. Há registros de sucesso no tratamento de dores crônicas, náuseas, falta de apetite, rigidez muscular e espasmos que acometem pacientes de câncer, esclerose múltipla e, mais recentemente, aids. O grande desafio dos laboratórios é tentar separar o efeito medicinal da droga do efeito psicoativo — ou seja, criar uma maconha que não dê "barato". Mas, ao que tudo indica, as mesmas propriedades químicas que alteram a percepção do cérebro são responsáveis pela ação curativa. É por isso que, por enquanto, somente na Holanda e em alguns estados do Canadá e dos Estados Unidos é autorizado o uso da maconha para fins terapêuticos.

10- O dano principal que a maconha pode provocar é na memória. Pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, comprovaram que nos usuários mais pesados a memória de curto prazo fica prejudicada e o raciocínio fica mais lento. Nos adolescentes, a maconha pode causar a síndrome amotivacional, ou seja, a perda de interesse por tudo. O uso da erva também pode ser bem perigoso para quem sofre do coração, pois ela dilata os vasos sanguíneos e acelera os batimentos cardíacos. A erva tem substâncias tóxicas praticamente iguais às do cigarro, como monóxido de carbono e alcatrão, mas um "baseado" tem poder destrutivo até seis vezes maior do que um cigarro. Ou seja, a maconha também pode causar câncer.


Fonte: ME ( Mundo Estranho )

O que o Tio Free acha sobre isto?

1- Neste número há apenas dados didáticos, apenas concordo com o que está escrito.

2- Realmente a maconha não começou seu uso como é hoje sendo usada recreativamente e até mesmo para uso medicinal demorou um tempo. Tempo bom aquele que não tinha verme pra encher o saco hein :P·

3- A Maconha pode ser muito bem usada quando o assunto é este.. a maconha dá um show neste papo de tecidos, fibras, bláblá. Eu particularmente só uso para fumar ( maconheiro cara-de-pau da porra. hahahaha. )

4- Da-lhe erva santa :P·

5- Foi aí que a merda começou.. pra fumar tem de virar ninja e praticante constante de le parkour. *ironia*

6- Um dia o Brasil chega lá *.*

7- Infelizmente a maconha é vista como droga.. sendo que há plantas mais poderosas religiosamente usadads que também possuem efeitos psicoativos e não são proibidas no Brasil. Para falar a verdade, não é proibido tú ter as sementes e então uma coisa leva a outra e tú planta, usa e fim. No final tú deu um jeito de usar e com a maconha não devia ser diferente, tá "todo mundo" usando, quando digo "todo mundo" quero me referir a uma maioria, não todo mundo propriamente dito. ( logo me expliquei antes que me encham o saco )
E já que está assim, porque não legaliza de uma vez? A porra do governo vai ganhar com isso.. podia ser liberado o cultivo e uso em locais próprios ( como em Amsterdam ) e quem insistisse em errar, pagaria aí sim por merecido as drásticas consequências :O·

8- Eu fumo no cachimbo, porque o que faz mal é o papelzinho :D·

9- Viva la medicinal marijuana!

10- Que que eu ia escrever mermo?!?!?! >.<

Ah, deixa.
Sumí;

Olá Mundo!

Olá Mundo. Uma frase que a todos parece bem comun para todo o tipo de gente e soa consideravelmente como um teste ( é, 1,2,3, teste, som.. :P· ) e ninguém sabe o que pode ter por trás disto :O· ( nada. )

Ok, sem miserinha de pirú vamos logo ao que interessa.
Este é tú, e tú está no meu blog! ( Ohhh.. )

Quem me conhece já sabe bem do que eu poderia falar aqui. Mas resumindo, aqui vou falar de tudo que me dá vontade ( calma, não esperem revelações extremas por aqui ) e isso não sei porque soou com um ar levemente estranho para meu perfil. haha

Foda-se.
Enfim, está aberto o portão do inferno.

Ao som de:
Ventilador Ligado - Zuuum